sexta-feira, fevereiro 29, 2008

Os mal amados

Eu não sabia que havia gente assim

Alexitimia - a dor dos mal amados

Parece bonito, a palavra soa bem.

Sentei-me e reflecti: “Será que tantos nomes, tantas teorias, conseguem mesmo explicar o que sente um alexitímico?”

Coimbra de Matos (1999), corrobora com a proposta de McDougall (1982) de designar estes indivíduos de normopatas . É assim que lhe podemos chamar, o mais normal que existe, pelo menos para quem está de fora, quem vê este indivíduo com uma máscara de bom aluno, boa pessoa, boas notas, sangue frio, detestando qualquer tipo de conflito ou discussão. Aliás... tenta evita-los, foge deles...

Detesta ditados populares mais violentos: “Olho por olho, dente por dente”; “a vingança é um prato que se come frio”. O alexitímico sente-os interiormente, mas não os manifesta.

Vive.
Continua a ser o indivíduo certo; a criança bem comportada, bom aluno, boas notas, não chega atrasado ao emprego, tem o emprego que sempre sonhou, pode até ser o empregado do ano.

Paralelamente é narcísico. Parecia-nos impossível. Mas trata-se de um narcisismo primário, não se fusionou com a mãe, desta forma projecta-se nele próprio porque não teve a sua própria identidade... a mãe, em criança. Então a projecção que nunca existiu, passa a ser inconsciente para ele, onde constrói uma mascara que ele criou e que quer mostrar.
Ao não se sentir fusionado com a mãe, ela talvez não lhe tenha dado aquele beijinho quando ele fez um “dói-dói”, mas pura e simplesmente tratou-o com um desinfectante e colocou-lhe um penso rápido. E lá ficou a criança, a olhar para o seu “dói-dói”, com a mesma dor que foi contar à mãe.

Fala com um tom monocórdico.
Descreve o seu dia como uma série de acontecimentos que são descritos por si como uma cadeia de acontecimentos, ditos em pormenor, mas sem actuação, mágoa, alegria, tristeza...
São apenas acontecimentos onde não há lugar ao sentimento, à expressão diferenciada, à alegria ou à tristeza.
Esses sentimentos estão presentes, mas no seu interior, sofre... pode até gritar, mas o grito é inaudível aos nossos ouvidos.

Sofre.
Mas não manifesta, pelo menos por palavras... o seu corpo é o espelho dos seus sentimentos...

Não podemos dizer que os alexitímicos não foram amados, foram sim amados erroneamente...
SÃO OS MAL AMADOS.

Publicado em Conversa-na-travessa.blogspot.com
Tangerina

sábado, fevereiro 23, 2008

ALEXITIMIA (continuação)

Eu não sabia que havia gente assim

Características da Alexitimia (continuação)

Os Alexitímicos não podem tomar consciência de suas emoções nem das reacções físicas que estas lhes provocam. Ás vezes confundem-nas: se o estômago se contrai e sentem dor, não podem atribui-lo a uma situação de personalidade emocional. Segundo o médico Mchael Huber, da Universidade de Colónia, na Alemanha, até 40% das pessoas que sofrem dores crónicas mostram características de alexitimia.

Os alexitímicos atribuem o mal-estar a algo que comeram e que ‘’caiu mal’’. Não têm consciência do seu problema e sentem-se normais, apesar de ter bloqueada uma das parcelas mais importantes da sua vida: a emocional. Notam que algo vai mal com seu casamento, trabalho ou amigos, mas não conseguem descobrir o que é.

Nunca se sabe o que pensam ou sentem e as suas exteriorizações são tão mínimas que se reduzem ao imprescindível: a saudação, a despedida, a frase correcta.

Ignoram o que sentem, não sabem como dizê-lo com palavras, não distinguem uma emoção de outra, também não sabem que têm uma carência: a capacidade de reconhecer e expressar emoções.

Transtorno psicológico para alguns especialistas, traço da personalidade para outros, e a consequência de uma aprendizagem deficiente segundo outra corrente de opinião, todos concordam que a alexitimia empobrece a vida, as relações e a saúde.

fonte -http://mulher.terra.com.br/

sexta-feira, fevereiro 22, 2008

Os Alexitímicos

De quem será maior a dor ? 'Dos incapazes de sentir' ou dos que com eles vivem?

Eu não sabia que havia gente assim

Alexitimia –lexis (ausência)+thimos (emoção)

A alexitimia – Perda ou incapacidade de reconhecer sentimentos e emoções, ou elaboração de fantasias. É um termo que se refere a pessoas que têm uma marcante dificuldade para identificar, ou descrever os seus sentimentos.Muitos investigadores têm tentado identificar as características clínicas da alexitimia. Depois das observações iniciais, em 1972 numa conferência em Londres atribui-se como provável uma etiologia biológica e em 1976 em Heidelberg é classificada em conjunto com os transtornos psicossomáticos. Nos anos seguintes, inúmeros estudos clínicos encontraram características alexitimícas, em percentagem variável, em pacientes que sofriam de diferentes distúrbios (abuso de substâncias, transtorno alimentar, depressão típica, personalidade borderline, transtornos somatoformes) mas também em indivíduos normais.A prática clínica, por seu lado, ainda defende ter motivos para considerar que não há, necessariamente, uma ausência de emoções, apesar de, na maioria dos casos, os alexitímicos sofrerem de incapacidade para manifestar as emoções, para descrever os seus próprios sentimentos ou para reconhecer os sentimentos dos outros, para discriminar as suas emoções de sensações físicas, isto é, não conseguem estabelecer uma conexão de causa e efeito.Têm-se vindo a incluir neste constructo algumas características do chamado pensamento operatório. De facto, a capacidade para elaborar representações mentais evolui desde muito precocemente e está ligada intimamente à competência de regulação afectiva. Há, assim, uma relação de dependência do desenvolvimento intelectual (ou inteligência racional) das nossas emoções, da nossa capacidade de as reconhecer, de falar sobre elas e de as controlar, ou seja, da nossa inteligência emocional.Se é verdade que sentimentos fortes nos podem devastar ou toldar o raciocínio, a falta de sentimentos é ainda mais destrutiva, principalmente, em momentos de avaliar e tomar decisões importantes para a nossa vida, para o nosso futuro, decisões duradouras.Nos alexitimícos observa-se uma focalização nos acontecimentos exteriores em detrimento da experiência íntima, o seu modo de pensar e de viver está exclusivamente virado para a realidade externa e, por isso, demonstram uma adaptação excessiva às exigências do meio, com uma hiperactividade artificial e pragmática que os incapacita de simbolizar a representação (o “pensamento operatório”), de fantasiar e os leva a apresentar uma grande pobreza nos investimentos libidinais. Estas pessoas, na maioria das vezes, demonstram boa capacidade de adaptação social e são boas profissionais, mas vivem em permanente estado de tensão, rivalidade e competição e bloqueiam a expressão física deste estado, dessas emoções.As pessoas que possuem um elevado nível de inteligência emocional são capazes de, facilmente, identificar e descrever os seus próprios sentimentos e os dos outros, assim como sabem regular os estados de activação emocional em si e nos outros de forma a usarem as emoções de forma adaptativa.Cada vez são mais os estudos que estabelecem relação entre inteligência emocional e saúde mental e física. O controle emocional já foi implicado como um dos factores que protegem o estado de saúde e, por outro lado, a alexitimia já foi associada a situações de doença e a um aumento da mortalidade de todos os tipos.Nos médicos ainda há muito cepticismo relativamente ao papel das emoções no adoecimento somático, mas a verdade é que se têm estabelecidos relações firmes entre uma coisa e outra.

fonte. http://mulher.terra.com.br

quinta-feira, fevereiro 21, 2008

Não sabia que havia gente assim

Gente má.
Gente que fica satisfeita com o mal dos outros.
Descobri hoje, senti hoje ,senti, senti sem qualquer duvida. A pessoa em quem eu mais confiava revelou-se desleal...traidora...falsa...cínica.
Imaginam como me sinto?
Por agora só consigo escrever isto . Amanhã talvez me sinta melhor.