quarta-feira, novembro 26, 2008

Namorei um psicopata

Eu não sabia que existia gente assim . Mas agora já sei!


O psicopata é bem conhecido pela cultura popular, um assíduo freqüentador de manchetes de jornais e de programas sensacionalistas. Mas o que o senso comum não sabe é o que se passa em sua alma. De origem grega, psyché, alma; path, sofrimento, a psicopatia indica o doente da alma ou enfermo mental. Alguns acham mais adequado o termo sociopatia, mas muitos deles são conhecidos como ‘serial killers’ – assassinos em série. Além destes, muitos outros criminosos coléricos têm características inerentes a esse distúrbio psíquico. O traço que distingue esse enfermo dos psicóticos é que o psicopata é muito perverso. Ele está sempre atualizado e antenado com a realidade, mas seu superego – aquele sensor que todos temos em nossa mente – está ausente, e isso o priva de qualquer culpa.

A Organização Mundial de Saúde inclui em sua classificação de patologias essa doença, sob a expressão “distúrbio da personalidade dissocial”. Estes pacientes não conseguem se submeter a regras sociais, a convenções e não levam em conta o que sentem os outros. Eles estão sempre centrados em si mesmos, nas suas necessidades, revelam emoções sem nenhuma densidade, carecem de uma autopercepção, controlam muito mal os seus impulsos, não lidam bem com frustrações e partem para a agressão com facilidade, são irresponsáveis, não exprimem remorso nem ansiedade relativamente ao seu comportamento. Manipulam habilmente as outras pessoas e demonstram um cinismo perturbador, revelam-se incapazes de amar. Além disso, os psicopatas mentem, roubam, enganam, fraudam, abandonam suas famílias, põem em risco suas vidas e as dos outros. Quem espera encontrar um psicopata apenas nas expressões ferozes e nos crimes absurdos, pode se surpreender ao observar um outro estilo, o da criatura charmosa e simpática, que parece ser regido pela razão, mas que não hesita em cometer um assassinato quando isso atende às suas conveniências.

Há algumas polêmicas de foro judicial, sobre como tratar criminosos psicopatas. Alguns sustentam que, mesmo doentes, eles estão conscientes do que fazem e poderiam evitá-lo. Geralmente este paciente não tem recuperação e quando dá início a uma série de assassinatos violentos, não cessa mais de cometê-los, portanto só uma prisão perpétua pode contê-lo. Ele não tem condições de conviver socialmente, pois não aprende com seus erros nem com os castigos aplicados. Os psicopatas procuram dissimular seu comportamento quando se dão conta de que a sociedade não o aceita, mas isso não significa que eles se modificaram.

Normalmente eles são muito inteligentes e sabem como esconder os traços de sua personalidade. No cotidiano, estes indivíduos não revelam possuir outros distúrbios psíquicos, e mostram-se até calmos e aparentemente normais no relacionamento social. Falam bem e muitas vezes tornam-se líderes de suas comunidades. Mesmo após um longo convívio, são poucos os que conseguem enxergar seu aspecto sombrio. Assim, eles conseguem eficazmente manter uma vida dupla.Na verdade, uma boa parte das pessoas com este distúrbio consegue se conter e não se tornar um criminoso – alguns políticos corruptos, líderes inescrupulosos, seres agressivos e que cometem abusos, entre outros. Esta doença pode ser diagnosticada precocemente. Ela tem início na infância ou na adolescência e persiste ao longo da vida – é possível detectar essa enfermidade em torno dos 15 ou 16 anos. É só lembrar dos casos de adolescentes ou até mesmo crianças que promovem massacres nas escolas ou matam a própria família.

autor: ana lucia santana

quinta-feira, outubro 30, 2008

O Psicopata

Não sabia que existia gente assim

O termo “psicopata” caiu na boca do povo, embora na maioria das vezes seja usado de forma equivocada. Na verdade, poucos transtornos são tão incompreendidos quanto a personalidade psicopática

Encantadoras à primeira vista, essas pessoas geralmente causam boa impressão e são tidas como “normais” pelos que as conhecem superficialmente. O Psicopata tem uma capacidade de encantar o interlocutor desprevenido. Diz sempre o que o outro gostaria de ouvir .

No entanto, costumam ser egocêntricas, desonestas e indignas de confiança. Com frequência adoptam comportamentos irresponsáveis sem razão aparente, excepto pelo facto de se divertirem com o sofrimento alheio. Os psicopatas não sentem culpa. Nos relacionamentos amorosos são insensíveis e detestam compromisso. Sempre têm desculpas para seus descuidos, em geral culpando outras pessoas. Raramente aprendem com seus erros ou conseguem frear impulsos.

Diagnosticar uma psicopatia é possível com o teste desenvolvido pelo psicólogo canadense Robert D. Hare,
O método inclui uma entrevista padronizada com os pacientes e o levantamento do seu histórico pessoal, inclusive dos antecedentes criminais. O PCL-R revela três grandes grupos de características que geralmente aparecem sobrepostas, mas podem ser analisadas separadamente: deficiências de carácter (como sentimento de superioridade e megalomania), ausência de culpa ou empatia e comportamentos impulsivos ou criminosos (incluindo promiscuidade sexual).

As pessoas com transtornos psicóticos, em que é frequente a perda de contacto com a realidade, os psicopatas são quase sempre muito racionais. Eles sabem muito bem que suas acções imprudentes ou ilegais são condenáveis pela sociedade, mas desconsideram tal fato com uma indiferença assustadora.
(...)

por Scott O. Lilienfeld e Hal Arkowitz

terça-feira, outubro 14, 2008

Valores, quais valores?

Hoje sinto-me assim


Um amigo ofereceu-me um livro este inicio de verão que muito apreciei.
Eu não sabia que havia gente assim, sem os valores fundamentais, eu achava que eram fundamentais para a convivência entre seres humanos tais como; o amor ,amizade , o respeito, solidariedade, a verdade.
Fiquei a saber que há pessoas que não merecem respeito, isto porque não respeitam nada nem ninguém.
Acreditem, eu Não sabia que existia gente assim, e estou tão triste , acho mesmo que esta tristeza não me abandonará mais. Quanto mais dou atenção ao que me rodeia ,mais triste fico.
Eu luto... eu procuro ... mas onde estão as pessoas que eu achava que existiam, pessoas amigas , pessoas respeitadoras ,pessoas sérias ,verdadeiras? Sempre me disseram que elas existiam .
Fui enganada ou também acreditavam e passaram-me essa falsa realidade .Terei sido enganada? Não, não fui enganada, quero acreditar que os pais não enganam os filhos , o que querem é protege-los da maldade, da hipocrisia, do cinismo, dos oportunistas. Os meus esqueceram-se que , e era o mais provável, morreriam primeiro que eu , e depois...agora estou só e sem força para resistir a tanta maldade, sem ninguem para me mimar e proteger.
Depois das férias, que foram longas pensei que voltaria cheia de energia, mas não.


Preciso muito de beijinhos e abraçosPreciso mesmo!!!!

quarta-feira, julho 30, 2008

Os Homens são como os cães.

Esta é uma boa comparação.

Os homens são como os cães.

Um cão pode ter um osso enterrado anos , sem lhe ligar nenhuma , mas quando outro cão vai desenterrar o osso... ele morde.

Ouvi isto hoje e achei giro.

sexta-feira, julho 18, 2008

Arte de amar a mulher

Eu sei que existe gente assim... mas está dificil encontrar
Tenho fé que vou encontrar o homem que ama de verdade
Estou necessitando de miminhos


A arte de gostar de mulher
...
“para fotografar nu feminino é preciso gostar de mulher”. Eu sorri, porque na minha cabeça aquilo parecia meio óbvio, mas antes que qualquer um fizesse algum comentário ele completou.


- Não se trata de gostar de mulher no sentido sexual, ter tesão por mulher nua, essas coisas. Isso pode ter também. Mas se trata de gostar de mulher em um sentido mais profundo. Gostar do universo feminino. Observar que cada calcinha é única, tem uma rendinha diferente e ficar entretido com isso - afirmou.O fato é que eu concordo com o conceito do Arruda sobre gostar de mulher. Não basta ser heterossexual, o machão latino. Para gostar de verdade de uma mulher. São necessários outros requisitos que são raros. Por isso as mulheres andam tão insatisfeitas.Sensibilidade é fundamental. Paciência também. O homem que não tem paciência para escutar a necessidade que a mulher tem de falar, ou sensibilidade para cativá-la, a cada dia, não gosta de mulher. Pode gostar de sexo com mulher. O que é bem diferente.Gostar de mulher é algo além, é penetrar em seu universo, se deliciar com o modo com que ela conta todo o seu dia, minuto por minuto, quando chega do trabalho. Ficar admirando seu corpo, ser um verdadeiro devoto do corpo feminino, as curvas, o cabelo, seios. Mas também cultuar a sagacidade feminina, sua intuição, admirar seu sorriso que é muito mais espontâneo que o nosso.

Gostar de mulher é querer fazer a mulher feliz. Levar flores no trabalho sem nenhum motivo, a não ser o de ver seu sorriso. É escutar pacientemente todas as queixas da chefa rabugenta, que provavelmente, é assim, porque seu homem não gosta de mulher.

O homem que gosta de mulher não está preocupado em quantas mulheres ele comeu durante a vida, mas sim com a qualidade do sexo que teve. Quantas mulheres ele realizou sexualmente, fazendo-as se sentirem desejadas, amadas, únicas, deusas, na cama e na vida.
O homem que gosta de mulher não come mulher. Ele penetra não só no corpo, mas na alma, respirando, sentindo, amando cada pedacinho do corpo, e, é claro, da personalidade.

“Para viver um grande amor é necessário ser de sua dama por inteiro”, afirmou Vinícius de Morais no poema “Para viver um grande amor”. Para amar verdadeiramente uma mulher, o homem deve ser totalmente fiel, amá-la até a raiz dos cabelos. Admirá-la, se deixar apaixonar todo dia pelo seu sorriso ao despertar, e, principalmente conquistá-la, seduzi-la, como se fosse a primeira vez. O homem que não tem paciência, nem tesão, nem competência para lhe seduzir várias e várias vezes, esse, minha amiga, não se iluda, não gosta nem um pouco de mulher.

Conquistar o corpo e a alma de uma mulher é algo tão gratificante, que tem que ser tentado várias vezes. Só que alguns homens, os que não gostam de mulher, querem conquistar várias mulheres. Os que gostamos de mulher é que conquistamos várias vezes a mesma mulher. E isso nos gratifica, nos fortalece e nos dá uma nova dimensão. A dimensão da poesia, do amor e em última instância do impenetrável universo feminino.

Mas atenção amigos que gostam de mulher: gostar de mulher e penetrar em seu universo não é torná-las cativas e sim libertá-las, admirá-las em sua insuperável liberdade.

Uma das músicas com que mais me identifico é uma em inglês - por incrível que pareça, para um nacionalista e anti-imperialista convicto. É a "Have you really loved a woman?" do cantor Bryan Adams. A música foi tema do filme Don Juan de Marco, e em uma tradução livre quer dizer "você já amou realmente uma mulher?". Em toda a música o cantor fala sobre a necessidade de se conhecer os pensamentos femininos, sonhos, dar-lhe apoio, para amar realmente uma mulher. Essa música é perfeita. Como se vê, gostar de comer mulher é fácil. Agora gostar de mulher é dificílimo. Precisa ser macho de verdade para isso.
Quem se habilita?
E. Weight

segunda-feira, junho 30, 2008

As mentiras são causa de grande sofrimento


Aos receptores das mentiras aconselho a ler até ao fim, para se poderem proteger


São raros os textos que me chegaram às mãos e que tratavam de um outro ponto de vista: o do receptor (aquele que recebe a mentira).

Nesse texto trataremos do mentiroso (emissor) e daquele que recebe a informação falsa a quem chamamos de receptor. Muitos de nós temos encontrado pela vida pessoas que mentem. Algumas mentem por algum constrangimento ou medo e não o fazem com grande freqüência e também não nos prejudicam. Não raro, pegamos uma mentira de nossos amigos, parentes e colegas de trabalho. E isso, não muda a nossa postura para com eles. Mas às vezes, encontramos pessoas que mentem constantemente. Pessoas que mentem de forma compulsiva e não tem uma razão aparente para fazê-lo, são conhecidas como mentirosos patológicos. Para alguns profissionais, podem ser considerados portadores de Transtorno de Personalidade Anti-Social. Não creio que possamos enquadrar todos os casos nessa categoria.

Geralmente, por de trás de qualquer mentira, há uma intensa necessidade de ser aceite e amado. O indivíduo não aprova a si mesmo e mente para ser admirado. Mas naquelas pessoas que mentem constantemente, há um grande problema: suas mentiras têm o objetivo de manter as pessoas distantes. Eles sentem-se repelentes e parece que, com a mentira, conseguem uma “pele” mais aceitável. Num primeiro instante, podemos observar que o mentiroso se auto-repele. Nesse sentido, eles são destrutivos não só do ponto de vista pessoal como do ponto de vista relacional.

O EMISSOR
Muitos dos mentirosos patológicos, não ficam contentes apenas em dizer mentiras. Eles vão um pouco mais além. Transformam suas vidas numa mentira. Em algumas situações, o indivíduo adota uma identidade completamente diferente daquela que realmente possui. De acordo com dados obtidos em 72 casos de pessoas mentirosas que participaram de uma pesquisa, um terço dos mentirosos patológicos adoptam identidades falsas, mentem a idade, mentem sobre o trabalho que realizam, sobre seus familiares alegando que descendem de famílias importantes ou escondem os seus familiares, etc. Tais comportamentos dos mentirosos são bem descritos na literatura médica e psicológica do último século.

Alguns psicólogos, através de suas pesquisas, afirmam que os mentirosos patológicos são as pessoas mais charmosas que poderíamos conhecer em nossas vidas. São especialistas no engano e na fraude e, diferente de muitas pessoas, não demonstram emoções ou ficam perturbados quando estão mentindo. Daí a ligação com o Transtorno de Personalidade Anti-Social.Mas isto não é novidade pois, se eles vivem de aparência, geralmente apostam tudo nessa forma de comunicação. A mentira por si só, é um processo de sedução e portanto, agressivo.

Mas diferente do que se pensa, observações as pessoas que mentem, manifestam diferenças psicofisiológicas mensuráveis. Eles piscam constantemente e mudam a postura do corpo com mais freqüência. Apresentam falhas no discurso (às vezes gagueira), falam de maneira superficial e podem falar mais rapidamente no momento em que estão mentindo. O contato visual em geral, é pobre e seus olhos tendem a voltar-se para trás, fixarem-se num ponto que não é o rosto do receptor ou ficam mudando o olhar de um objeto para outro. Normalmente, suas expressões faciais sugerem sentimentos de dúvida e medo. Podem ainda, ficar ligeiramente ruborizados. Na medida em que envelhecem, suas mentiras tornam-se mais sofisticadas e portanto, mais convincentes. Por essa razão, que os mentirosos contumazes são difíceis de serem identificados à primeira vista.

AS ORIGENS DA MENTIRA

Pesquisas feitas no sentido de identificar o motivo que leva pessoas a mentirem de maneira patológica, apontam para traumas infantis. Muitas dessas pessoas ficaram aterrorizadas diante das inúmeras possibilidades do abandono criadas por pais instáveis. Também foram pessoas que passaram por situações de abuso em que foram envergonhadas e submetidas a vexames muito grandes. Muitas delas, começaram a mentir como forma de protegerem-se das ameaças e da culpa. Uma boa parte dos mentirosos patológicos, tiveram pais alcoólatras ou mentalmente doentes. Um outro estudo, que corrobora o anterior, mostra que esse tipo de mentiroso nasce e cresce em famílias onde são vitimas de uma infinidade de decepções, mentiras e fraudes. Para lidar com a realidade dura que tinham nas mãos, começaram a utilizar um mundo mágico de fantasias, ou seja, um mundo de negações.
Outros mentirosos cresceram com uma auto-imagem miserável. Muito desvalorizados, eles não acreditam que valham alguma coisa. Eles estão constantemente tentando fortalecer sua auto-imagem contando histórias grandiosas que servem como compensação pela vida miserável que têm e tiveram no passado. A mentira é um comportamento autodestrutivo porque, ao mentir, o sujeito nega-se a enfrentar suas dificuldades e assim, vai perpetuá-las.

OS RECEPTORES
A mentira é um hábito muito comum em nossa cultura. As mentiras abrangem um amplo espectro que vão desde uma condição inócua ( “Olha, essa roupa não deixa você gorda”, quando na realidade, deixa), até a uma forma criminosa (pessoas que mentem para obter benefícios e prejudicar os outros).
O custo da mentira é muito maior do que podemos imaginar. Uma mãe que mente freqüentemente para seu filho pequeno, pode causar-lhe uma infinidade de problemas que surgirão no comportamento futuro da criança, inclusive o próprio hábito de mentir. Tal comportamento por parte das mães, não é exceção. Ao contrário, é mais comum do que se pode imaginar. Uma mãe que manda seu filho dizer a alguém que não está em casa, quando está, ensina seu filho que a mentira é legitima.
Os motivos que levam uma pessoa a mentir são claros hoje : é a autodestruição que cria um desastre em sua vida amorosa, profissional e social. Talvez tenhamos uma tendência a pensar o contrário. Mas a verdade é que o mentiroso busca sua própria destruição. Vamos ver o exemplo de um casal:
Um indivíduo inicia um relacionamento com uma mulher que gosta muito. Para agradá-la e não perdê-la, o indivíduo mente. Ele quer seduzir a pessoa de quem gosta. Assim, inventa coisas sobre si mesmo que não são verdadeiras. Mas são coisas que agradaria ao mentiroso pessoalmente e que imagina, através da projeção, que é o desejo do outro (veja o texto, projeção na seção "Clínica")O que faz aqui é dizer que não acredita que a companheira vá se apaixonar por alguém como ele (auto julgamento) e assim, cria uma fantasia do que “ele” acha que é aceitável e passa essa imagem para o outro na forma de mentiras. A companheira, numa situação dessas, tem sua liberdade de escolha, seu livre arbítrio, eliminado de forma autoritária. Ela não poderá decidir se aquele é o indivíduo que queria para seu companheiro porque seu julgamento está calcado em imagens falsas que o companheiro lhe deu.
Podemos observar que o mentiroso é cruel porque não dá ao outro o direito de escolha. Ele impõe-se de forma autoritária. Geralmente o mentiroso observa aquilo que encanta a parceira (o) e é por esse caminho que ele (a) cria as mentiras. Ele nos diz que não suporta ser rejeitado e assim tem que mentir para ter o que deseja.
Mais tarde, quando suas mentiras forem descobertas, o parceiro terá duas possibilidades, sendo que ambas serão péssimas. A primeira seria esclarecer os fatos. A segunda, seria ignorar as mentiras.
No primeiro caso, em que vai se tentar esclarecer os fatos, o mentiroso poderá sentir-se extremamente humilhado. Isso ocorre porque a mentira já havia sido criada por causa de uma ferida insuportável que ele carregava na alma. A mentira servia para “cobrir” um estado de dor insustentável para ele. É uma ferida tão dolorida que precisa ser escondida. Negada. Ver sua ferida escancarada, humilha o mentiroso. Temos que observar que é ele que não suporta sua verdade. Ela o deixa humilhado. Então, ao contrário do que poderíamos imaginar, o esclarecimento, em vez de ajudar o mentiroso, provoca nele um estado de raiva impensável.
Além disso, a verdade o coloca em desvantagem na relação com a parceira. A mentira é por si só, um indicio de que a competição está presente. O mentiroso agora tem um defeito que a parceira não tem: a insuficiência. Essa é a origem da mentira, a sensação de insuficiência. Se as coisas acabarem por ai, o trauma da companheira não será tão grande. Mas em geral, não é o que ocorre. Como a companheira já estará bastante envolvida pois, o mentiroso é um mestre na arte de " se vitimizar", inicia-se uma batalha infernal de tentativas de salvar o mentiroso de suas misérias. A companheira investe toda sua energia para arrancar o objeto de seu amor desse mundo de delírios que é o mundo do mentiroso. Infindáveis conversas são iniciadas e nunca resultam em nada pois, agora, o mentiroso ressentido, estará entrincheirado, competindo com sua companheira. Ele sente que foi humilhado por ela e assim, não fará nenhuma cerimônia em pontuar, mais freqüentemente, os erros, falhas e problemas que ela têm. Vai retribuir com raiva, cada gesto que considere uma menção à sua insuficiência. Estará sempre “retribuindo” a humilhação de ter sido descoberto.

O casamento ou relacionamento pode acabar de forma desastrosa. Haverão traumas para o receptor que lutou de forma amorosa e digna para ajudar aquele a quem ela amava. Tudo que vai lhe restar é um sentimento de impotência e conseqüentemente de rebaixamento de auto-estima porque nada conseguiu fazer para ajudar seu companheiro. O desgaste é grande e mina a esperança de quem quer ajudar. Isso, entretanto, ocorre porque o mentiroso quer reduzir a companheira a um estado semelhante ao seu: o de impotência, autodestrutividade e vazio.
A segunda hipótese que era ignorar as mentiras do companheiro, não é tão fácil quanto possa parecer à primeira vista. Há muita coisa em jogo como, por exemplo, ver que as pessoas percebem e ridicularizam o mentiroso. Isso dói em quem ama. Uma outra coisa é que, é difícil viver com alguém que mente porque a receptora sabe, de antemão, que não tem a confiança daquela pessoa que ela ama. O mentiroso mente porque não confia. E finalmente, as coisas chegam num ponto em que a parceira não sabe se, o que a pessoa fala, é verdade ou mentira. A comunicação fica impossível. Há vácuos e desconfianças por todos os lados. O mundo das pessoas que vivem com os mentirosos dessa natureza, é um verdadeiro suplicio.

Dessa forma, muitas pessoas, depois de se separarem de um mentiroso, ficam completamente deprimidas e desgastadas e com uma certa prevenção em relação a futuros relacionamentos. Eu usei o exemplo de um relacionamento amoroso, mas mecanismos semelhantes podem ocorrer no trabalho e nas relações sociais. Os resultados serão semelhantes tanto no que diz respeito à percepção dos outros como também na autodestruição do mentiroso.

Tratar o mentiroso é uma coisa difícil por diversas razões. A primeira delas é que dificilmente eles procuram ajuda. A segunda é que esses indivíduos mentem porque não querem se deparar com sua insuficiência e os dramas que a causaram. Eles resolvem seu problema pela utilização do pensamento mágico. Por fim, é mais cômodo viver sonhando e mudando de cara sempre que se deseja, ainda que isso signifique a própria destruição e a destruição daqueles que estão à sua volta. Eles não querem dar-se ao trabalho de conhecer a si mesmos verdadeiramente. Como eles vivem só no presente, esse tempo o único que lhes interessa, não há como e nem porque, pensar em futuro ou rever o passado dolorido.

Por Mário Quilici

domingo, junho 29, 2008

Cinismo e hipocrisia

Eu sei que existe gente assim


Cinismo e hipocrisia são resultado da negação da natureza humana.

Pode ser hipocrisia, cinismo ou então, já no campo da psicologia, mera dissonância cognitiva, isto é, a pessoa recusa tomar conhecimento de algo que contraria as suas íntimas convicções, ou pulsões.

A hipocrisia e o cinismo são racionais, a pessoa sabe que o está a ser.

É como um homem que trai a mulher e é descoberto.. De um modo geral não diz que o faz porque queria variar ou porque lhe apeteceu, mas sim porque ela, a mulher, o "obrigou" a isso, pelo seu desinteresse ou atitude. A culpa não é dele, é da mulher. Ele , que de facto se enrolou com outra pessoa, é, transcendentalmente a vítima, e a vítima passa a culpado.
(Isto é muito comum, o que deixa a mulher com grandes sentimentos de culpa e consequente mente com baixa-auto estima , até decobrir o canalha com quem casou ou vive, e ai meus amigos, não há quem a segure.)

Muitas pessoas , muitas mesmo, vivem da mentira, da intriga, do cinismo e da hipocrisia porque isso faz parte da sua estrutura biológica e psicológica e é o alimento para a sua própria sobrevivência., para serem aceites socialmente., nos grupos, etc.

domingo, junho 15, 2008

Transtorno de Personalidade (+ um)

Existem varios Transtornos de Personalidade

Um Transtorno da Personalidade é um padrão persistente de vivência íntima ou comportamento que se desvia acentuadamente das expectativas da cultura do indivíduo, é invasivo e inflexível, tem seu início na adolescência ou começo da idade adulta, é estável ao longo do tempo e provoca sofrimento ou prejuízo."
Aspectos Psicobiológicos e Transtornos de PersonalidadeAs diferenças biológicas individuais têm sido há muito tempo relacionadas à diversos tipo de temperamento e de personalidade e cada avanço da ciência torna mais clara a interação dos fatores genéticos e ambientais na determinação da constituição da pessoa.

Modernamente considera-se que o estudo dos Transtornos da Personalidade se estrutura sobre quatro domínios psicobiológicos. São eles:
1 - A regulação dos impulsos;
2 - A modulação afetiva;
3 - A organização cognitiva e;
4 - O controle da ansiedade.

E estudo dessas, digamos, funções psíquicas, extremamente relacionadas às alterações da personalidade, tem recebido substancial contribuição pelos modernos métodos de avaliação bioquímica, pelos exames neuropsicológicos e pelas imagens computadorizadas das tomografias e dos aparelhos de emissão de pósitrons.

Transtorno Paranóide de Personalidade

A característica essencial deste distúrbio é uma tendência global e injustificável para interpretar as ações das pessoas como deliberadamente humilhantes ou ameaçadoras. Tem normalmente início no final da adolescência ou no começo da idade adulta. Quase invariavelmente há uma crença de estar sendo explorado ou prejudicado pelos outros de alguma forma e, por causa disso, a lealdade e fidelidade das pessoas estão sendo sempre questionadas. Muitas vezes o portador deste Transtorno é patologicamente ciumento e questionador da fidelidade do cônjuge, ao ponto de causar situações francamente constrangedoras.

O portador deste distúrbio de personalidade pode interpretar acontecimentos triviais e rotineiros como humilhantes e ameaçadores, desde um erro casual no saldo bancário, até um cumprimento não efusivo podem significar atitudes premeditadamente maldosas. Há uma sensibilidade exagerada às contrariedades ou a tudo que possa ser interpretado como rejeição, uma tendência para distorcer as experiências, interpretando-as como se fossem hostis ou depreciativas, ainda que neutras e amistosas (pensamento paranóide). Estas pessoas podem sentir-se irremediavelmente humilhadas e enganadas, conseqüentemente agressivas e insistentemente reivindicadoras de seus direitos.

Supervalorizam sua própria importância, as suas idéias são as únicas corretas e seus pontos de vistas não devem ser contestadas, daí a facilidade em conquistar inimigos e a tendência em pensamentos auto-referentes.
São desconfiadas, teimosas, dissimuladoras e obstinadas, vivem numa solidão freqüentemente confundida com timidez, como se não houvesse no mundo pessoas com quem pudessem partilhar sua prodigalidade, dignidade e seus sentimentos superiores.
As pessoas com Transtorno Paranóide da Personalidade são extremamente sarcásticas em suas críticas, irônicas ao extremo nos comentários e contornam as eventuais situações constrangedoras recorrendo a artimanhas teatrais e chantagens emocionais.
Não toleram críticas dirigidas à sua pessoa e qualquer comentário neste sentido é entendido como declaração de inimizade.
Pelo entusiasmo com que valorizam suas idéias, sempre as únicas corretas, podem ser vistos como fanáticos nas várias áreas do pensamento; seja religioso, político, ético ou profissional. Gostam de fantasiar mas tem dificuldades em distinguir a fantasia da realidade. Pessoas com estes distúrbios são hiper-vigilantes e tomam precaução contra qualquer ameaça percebida.
A afetividade, nestes casos, é muitas vezes restrita e pode parecer fria, dado ao gosto destas pessoas em serem sempre objetivas, racionais e pouco emocionais.


Recomenda-se, como critérios para este Transtorno, que sejam caracterizados por:

a) sensibilidade exagerada à contratempos e rejeições;
b) tendência a guardar rancores persistentemente, isto é, recusam à perdoar aquilo que julgam como insultos ou desfeitas:
c) desconfiança e tendência à interpretar erroneamente as experiências amistosas ou neutras;
d) obstinado senso de direitos pessoais em desacordo com a situação real;
e) suspeitas injustificáveis em relação à fidelidade (conjugal ou de amigos);
f) autovalorização excessiva;g) pressuposições quanto à conspirações.

Fonte - Psqweb

quarta-feira, junho 04, 2008

Sexo Compulsivo

Eu não sabia que existia gente assim


Comportamento Sexual Compulsivo

O comportamento sexual pode ser reflexo de um aspecto hereditário, de um aspecto médico, cultural, circunstancial, etário e pessoal. É muito complexa a questão sexual, seja do ponto de vista qualitativo ou quantitativo. Esse artigo privilegia a questão quantitativa, ou seja, quanto de atividade sexual seria normal e quanto seria patológico, para mais ou para menos. Veremos aqui as alterações para mais, ou seja, a hipersexualidade
O Impulso Sexual Excessivo aparece na população geral em torno de 5%, segundo Coleman (1992). Essa prevalência pode estar subestimada, tendo em vista as limitações morais, por embaraço, vergonha e sigilo dos envolvidos (Black et al., 1998). Há discreta preponderância do sexo masculino (Goodman, 1993), o que também é questionável, levando-se em consideração possíveis interferências de cunho moral e cultural.
Uma questão primeira a ser valorizada, é o fato de muitos pacientes com sintomas hipersexuais não apresentarem nenhuma evidência visível de outra disfunção neuropsiquiátrica. Outros podem ter evidências sutis de algum comprometimento neuropsiquiátrico e, finalmente, alguns de franco comprometimento neuropsiquiátrico. A dúvida que nos apresenta é: naquelas pessoas sem nenhuma evidência de outra disfunção neuropsiquiátrica além da atividade sexual numericamente incomum, estaria correto pensarmos numa patologia, ou seja, estaríamos diante de uma condição médica, ética ou simplesmente pessoal?
Para ser tomado como algo patológico, segundo os autores e as diretrizes da psicopatologia, o Comportamento Sexual Compulsivo deveria causar sofrimento emocional e proporcionar sérias conseqüências interpessoais, ocupacionais, familiares e financeiras. Mesmo assim estaríamos diante de um critério polêmico, pois se há uma sexualidade patológica, na qual o apetite e as fantasias sexuais aumentam a tal ponto que ocupam quase todos os pensamentos e sentimentos, estaríamos sim diante de um quadro Obsessivo-Compulsivo com sintomatologia sexual. Por outro lado, se estivermos diante de uma pessoa que exige gratificação sexual sem maiores considerações éticas, morais e legais, resolvendo-se numa sucessão impulsiva e insaciável de prazeres, aí então estaríamos diante de um Transtorno Sociopático ou Borderline da Personalidade, com sintomas também sexuais.
Continuando nossa revisão, o Comportamento Sexual Compulsivo pode se associar a outras doenças psiquiátricas, particularmente ao abuso de substâncias psicoativas, atualmente à cocaína. Transtornos Ansiosos, Transtornos de Personalidade e outros Transtornos do Controle de Impulsos também podem ser concomitantes ao Comportamento Sexual Compulsivo (veja Transtornos do Controle de Impulsos). Para se tentar alocar o Transtornos do Controle de Impulsos dentro dos Transtornos de Controle de Impulsos, devemos lembrar que suas características essenciais dos são; o fracasso em resistir a um impulso ou tentação de realizar algum ato que seja prejudicial à pessoa ou a outros, com ou sem resistência consciente ao impulso e com ou sem premeditação ou planejamento do ato, sensação crescente de tensão ou excitação antes de cometer o ato e uma experiência de prazer, gratificação ou alívio no momento de cometer o ato.
Black e cols. analisaram 36 pessoas com Comportamento Sexual Compulsivo e verificaram que a maioria delas (92%) estava realmente preocupada com seus desejos exacerbados e/ou com suas persistentes fantasias sexuais. A maior parte dessas pessoas tentava resistir ao comportamento sexualizado (72%), embora sem sucesso e com perda de controle. Grande parte delas experimentava remorso pelas atividades sexuais exageradas, impulsivas, não resistidas e, muitas vezes, inconseqüentes.


Uma observação adicional mostrou que a maioria desses pacientes com Comportamento Sexual Compulsivo (75%) também preenchia os requisitos para diagnóstico de abuso de substâncias psicoativas. Estas estariam relacionadas à desinibição do comportamento suficiente para permitir a intensificação do prazer ou aplacar a sensação de vergonha. (Fonte:Neuropsiconews)
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Complicações Sociais
As pessoas com Comportamento Sexual Compulsivo podem ser responsáveis por algumas complicações sociais sérias. Desafetos com amigos e familiares, envolvimentos policiais, perda de empregos, perda da reputação moral e toda sorte de desadaptação social e familiar em decorrência direta de investidas, assédios e relacionamentos sexuais.
Os valores mais permissivos da sociedade moderna favorecem, sobremaneira, a desenvoltura sexual dos portadores de Comportamento Sexual Compulsivo. Essas pessoas não titubeiam em ceder às facilidades sexuais atuais e não costumam estabelecer limites para sua atividade, podendo envolver-se com menores de idade, prostitutas, homossexuais, enfim, expondo-se a um risco social muito grande.

Complicações Familiares
Os portadores de Comportamento Sexual Compulsivo costumam ser cônjuges complicados. Primeiramente devido ao apetite sexual maior que do(a) parceiro(a), submetendo este(a) à uma atividade nem sempre prazerosa ou desejada. Em segundo, devido às maiores probabilidades à infidelidade e, em terceiro, devido maiores possibilidades de envolvimentos sexuais com amigos ou familiares, aumentando mais ainda o constrangimento.

Complicações Pessoais
O Comportamento Sexual Compulsivo poderá ser egosintônico, como vimos, na eventualidade da pessoa estar consoante ao seu comportamento ou, egodistônico, caso discorde de suas atitudes e se recrimine de sua sexualidade. Essa situação, entretanto, não é fixa e definitiva, isto é, poderá ser egosintônico numa fase da vida ou num momento e egodistônico em outro.
Nas fases mais precoces da vida (adolescente ou adulto jovem), normalmente a pessoa mantém-se de forma egosintônica, com auto-estima elevada devido à aceitação cultura de sua performance e devido ao próprio prazer (mais ou menos inconseqüente) que essa hiperatividade resulta.
Em fases mais tardias a tendência é haver um sentimento egodistônico retroativo, ou seja, com arrependimentos sobre a conduta anterior, lamentações sobre eventuais condições melhores de vida caso fosse mais com edido sexualmente e coisas assim.

terça-feira, maio 13, 2008

Transtorno de personalidade

Há vários transtornos de personalidade:

Tipo Primário- caracterizado por uma adequada socialização e uma total falta de perturbações emocionais.

Tipo Secundário- caracterizado pelo isolamento social e traços neuróticos.

Apesar de todas variações tipológicas dos mais diversos autores, todos parecem estar de acordo nas características nucleares do conceito; impulsividade e falta de sentimentos de culpa ou arrependimento.

Não sabia que havia gente assim
A 1ª opção vai para:
1) Psicopata Dissimulado:
O seu comportamento caracteriza-se por um forte disfarce de amizade e sociabilidade. Apesar dessa agradável aparência, ele oculta falta de confiabilidade, tendências impulsivas e profundo ressentimento e mau humor para com os membros de sua família e pessoas próximas.
Na realidade, didaticamente poderíamos comparar o Psicopata Dissimulado como uma mistura bastante piorada dos transtornos Borderline e Histérico da Personalidade. Isso significa que ele exibe um estilo de vida socialmente teatral, com persistente busca de atenção e excitação, permeada por um comportamento muito sedutor.
Por essas características Millon já considerava o Psicopata Dissimulado como uma variante da Personalidade Histriônica, continuamente tentando satisfazer sua forte necessidade de atenção e aprovação. Essas características não estão presentes no Psicopata Carente de Princípios ou no Malévolo, os quais centram em sí mesmo sua preocupação e são indiferentes às atitudes e reações dos outros.
Esse subtipo dissimulado costuma exibir entusiasmo de curta duração pelas coisas da vida, comportamentos imaturos de contínua buscas de sensações. Seguindo as características básicas e comuns à todos os psicopatas, o dissimulado também tende a conspirar, mentir, a ter um enfoque astuto para com a vida social, a ser calculista, insincero e falso. Muito provavelmente ele não admite a existência de qualquer dificuldade pessoal ou familiar, e exibe um engenhoso sistema de negações. As dificuldades interpessoais são racionalizadas e a culpa é sempre projetada sobre terceiros.
A contundente falsidade é a característica principal deste subtipo. O Psicopata Dissimulado age com premeditação e falsidade em todas suas relações, fazendo tudo o que for necessário para obter exatamente o que querem dos outros. Por outro lado, em diferentemente do Psicopata Carente de Princípios ou do Psicopata Malévolo, parece desfrutar prazerosamente do jogo da sedução, obtendo excitação nas conquistas.
Mesmo aparentando intenções de proteger certas pessoas, o Psicopata Dissimulado é frio, calculista e falso, caracterizando mais ainda um estilo fortemente manipulador. Essa característica pode ser conseqüência da convicção íntima de que ninguém poderá amá-lo ou protegê-lo, a menos que consiga manipular a todos. Apesar de reconhecer que está manipulando seu entorno social, tenta convencer aos outros de que suas intenções são boas e que suas atitudes são, no mínimo, bem intencionadas.
Quando as pessoas com esse tipo de psicopatia são pressionadas ou confrontadas, sentem-se muito encabulados e suas reações oscilam entre a explosão agressiva e vingança calculista. A característica afabilidade dos Psicopatas Dissimulados é superficial e extremamente precária, estando sempre predispostos a depreciarem imediatamente a qualquer um que represente alguma ameaça à sua hegemonia, chegando mesmo a perderem o controle e explodirem em cólera.
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terça-feira, abril 22, 2008

Mítomano

Eu não sabia que existia gente assim


A mitomania é a tendência mórbida para a mentira. Normalmente, as mentiras dos mitomaníacos estão relacionadas a assuntos específicos. Uma menina cujo pai é violento, por exemplo, pode começar a inventar para as colegas como sua relação com o pai é boa e divertida, contando sobre passeios e conversas que nunca existiram. Mas não costuma mentir sobre todos os outros assuntos, diferentemente dos mentirosos compulsivos. Justamente pelos mitômanos não possuírem consciência plena de suas palavras, os mesmos acabam por iludir os outros em histórias de fins únicos e prácticos, diferentemente daquele que mente em qualquer ocasião.

Sobre a Doença
Dizer a verdade é um sofrimento para quem tem mitomania, doença definida como uma forma de desequilíbrio psíquico caracterizado essencialmente por declarações mentirosas, vistas pelos que sofrem do mal como realidade.
Desse ponto de vista, podemos dizer que o discurso do mitômano é muito diferente daquele do mentiroso ou do fraudador, que tem finalidades práticas. Para estes, o objetivo não é a mentira, sendo esta apenas um meio para outros fins. Contam histórias ao mesmo tempo que acreditam nelas. É também uma forma de consolo.
Esse distúrbio tem sua origem na supervalorização de suas crenças em função da angústia subjacente. Muitas vezes as mesmas se apresentam unidas à angústia profunda, depressão e pós depressão.
De um lado, o mitômano sempre sabe no fundo que o que ele diz não é totalmente verdadeiro. Mas ele também sabe que isso deve ser verdadeiro para que lhe garanta um equilíbrio interior suficiente. Em determinado momento, o sujeito prefere acreditar em sua realidade mais que na realidade objetiva exterior. Ele tem necessidade de contar essa história para se sentir tranqüilizado e de acordo consigo mesmo.
A mitomania não pode ser considerarada como uma mentira compulsiva, e sim uma uma doença que se não tratada pode causar transtornos sérios à pessoa que possui. Em geral, essa manifestação deve-se à profunda necessidade de apreço ou atenção.
A maioria dos casos de mitomanía ao serem expostos, tornam-se vergonhosos. Todavia, os mitômanos que buscam ajuda por vontade própria, pedindo a seus familiares e principalmente aos seus amigos, são considerados extremamente raros, pois eles vêem que estão sofrendo de um mal e desejam acima de tudo curar-se. O papel dos companheiros se torna extremamente importante na vida do indivíduo que sofre da doença, já que eles que irão indicar os pontos e erros.
Grande parte dos casos de mitomania levam ao suicídio, principalmente se associados a depressão e pós depressão. O indivíduo ao não obter o apoio necessário e ser excluído daquele grupo que freqüentava ou participava acaba por vivenciar uma situação sem saída, isto é, o mesmo acaba por ser excluído de seus gostos e vê-se sem aquilo que ama e deseja.
Aconselha-se aqueles que rodeiam o mitômano, principalmete se o mesmo obteve uma conversa clara expondo a sua vontade de melhora a não largarem-no, podendo tal atitude acarretar desejos inconstantes, profunda melancolia, depressão e desejo de suicídio da parte do mitomaníaco. Inicialmente o mesmo apresentará sintomas de solidão e grande desejo de estar acompanhado daqueles que ama. Contudo, ao ver que isso não possível, acaba optando pelo desejo de morte.

Motivação
Não se sabe ao certo os motivos pelos quais a mitomanía se manifesta no indivíduo. Primeiro, porque acarreta milhares de fatores sócio-psicológicos da pessoa afetada, e segundo, porque enfatiza uma situação social podendo, então, mostrar-se eventual dependendo das circuntâncias presentes na época em que o indivíduo está vivendo. Na maioria das vezes é por desejo de aceitação daqueles que o rodeiam e também por grande afeto que tem por seus companheiros.

Cura
A cura do indivíduo reside muitas vezes na implementação de um quadro de cuidados que associa o tratamento em meio psiquiátrico do problema subjacente a um acompanhamento psicoterápico. Tal acompanhamento torna-se a parte mais importante, sendo realizado pelas pessoas que rodeiam o mitômano e que o mesmo requisitou para ajudá-lo. É importante nunca negar ao mesmo tal acompanhamento, sendo este a chave para a cura, até mais importante que um tratamento psiquiátrico.
Obtido em "http://pt.wikipedia.org/wiki/Mitomania"

terça-feira, abril 15, 2008

Pessoas Perversas

Não sabia que havia gente assim

Comportamento perverso

(…)
O comportamento perverso é uma defesa maníaca que visa controlar angústias depressivas e persecutórias de experiências traumáticas; é uma passagem-ao-ato cujo roteiro rígido é escrupulosamente arquitetado é composto de atuações ativas de situações traumáticas passivas, o que permite ao sujeito tentar elaborar, sempre sem sucesso o que o leva a uma repetição ad infinitum, o retorno do real. É neste viés que Stoller(10) sugere que subjacente à atuação perversa existe um fantasma de vingança o qual é sustentado pela hostilidade. Graças a este expediente, o traumatismo infantil é transformado em triunfo. Ocorre, pois, uma inversão de papeis: o sujeito age ativamente lá onde sofreu passivamente. Acredita com isto evitar o retorno, sempre brutal e desagregador, daquilo que permaneceu petrificado no interior e que poderia causar, como é o caso nas psicoses, uma dissociação do psiquismo. “O ato perverso, escreve Stoller, é uma cura momentânea”.

(Um parêntese: as considerações feitas até aqui conferem à clínica da perversão contornos bem específicos. A escuta do perverso nos afeta transferencialmente de uma outra forma que o faz a escuta do neurótico. Acompanhá-lo pela tortuosa trilha de sua sexualidade pré-gential, agüentar a monotonia da repetição dos pontos de fixação da libido e suas atuações que revelam o caráter infantil de sua sexualidade, suportar o ódio que aparece na transferência sob forma de agressividade, de desprezo e desdém pelo trabalho e pela capacidade do profissional, tudo isto requer do analista uma disposição particular.

Traumatismo e humilhação(12): eis os ingredientes fundamentais da perversão. Humilhando o traumatismo é vencido. Humilhando, submetendo o outro ao seu cenário perverso, este outro é desumanizado e transformado em objeto (fetiche). Com isto evita-se, igualmente, a intimidade que é fantasiada pelo perverso como ameaçadora pois este último, não estando no registro da neurose – pelo menos quando orquestrando seu cenário –desconhece o amor tão necessário para proteger o parceiro, via fantasia, da componente do sexual perverso presente em todo sujeito castrado .

Fundamentalmente, é a questão da alteridade que está em jogo na perversão: o outro, o diferente e, num segundo momento, o outro sexo (a diferença anatômica dos sexos), aquele que não pensa como eu e assim por diante, tudo isto remete à castração, ao limite, que, no caso do perverso, foi gerenciada pelo mecanismo da recusa. É contra esta ameaça fundamental que o cenário perverso foi criado. Por outro lado, a organização perversa, como aliás toda organização psíquica, tem a função essencial de manter o sentimento de identidade.

Podemos, então, pensar que é na maneira particular de lidar com o retorno do real, que encontraremos a especificidade da perversão. Não ocorre um delírio pois o nome do pai não foi forcluído mas por haver o Ich Spaltung ocorre um “choque” que produz uma paralisia: o ponto de êxtase.

Retornamos, com isto, o objeto central deste texto: o ponto de êxtase, que passa a ser descrito como uma brecha através da qual a castração é vislumbrada. Se isto ocorre é porque o mecanismo da recusa não cumpre seu papel, deixando inoperante o processo de divisão do ego. A mediação fantasmática, tão necessária para uma montagem "aceitável" que dê vazão à moções pulsionais perversas, não mais é possível e o sujeito, uma vez mais, se vê face àquilo que vem sucessivamente negando: a castração. A solução para enfrentar a angústia daí advinda e, uma vez mais, negar a castração é, já dissemos, criar um cenário onde ele possa agir ativamente o que sofreu passivamente.

Na montagem de seu cenário, o perverso não escolhe seus parceiros por acaso. Escolhe justamente aqueles nos quais pode impor sua “imaginação erótica“(14). Uma tal imposição só é possível porque o parceiro escolhido é capaz de oferecer-se, via sujeito perverso, como objeto de gozo do Outro. O perverso desencadeia algo na dinâmica psíquica de seu parceiro que o remete a uma experiência arcaica eminentemente traumática. Em um après-coup, o sujeito revive uma experiência real paralisante, pois produtora de uma verdade insuportável.

Para o perverso o horror produzido no outro, e que o faz gozar, testemunha o seu triunfo sobre a castração, sobre o limite, sobre a lei, pois ele foi capaz de detectar o tipo de ação que desperta no outro o ponto extático e o subjuga. A “cura momentânea” se produz e, mais uma vez, ele crê deter um ‘saber como se goza’, o que lhe confere a sensação de tudo poder.
[...]

mais aqui: O GOZO EXTÁTICO DO EXPECTADOR DE UMA CENA PERVERSA

quinta-feira, abril 10, 2008

Quando a mentira não é brincadeira

“Mente como respira” é uma expressão popular que se aplica às crianças. Contudo, se uma criança mente, é porque há um motivo.
Mas, o que é a mentira? É a acção de alterar, de um modo consciente, a verdade. Para uma criança, mentir constitui a possibilidade de dizer aquilo que não é e inventar uma história, ou seja, a possibilidade de adquirir aos poucos a certeza de que o seu mundo imaginário corresponde ao mundo real.
Será que a fantasia é prejudicial? De modo algum. A fantasia é importante para o desenvolvimento da criança e os pais devem estimulá-la nos seus filhos de modo saudável e criativo. É importante mostrar às crianças o que é real e o que não é e incutir-lhes a noção de responsabilidade.
Segundo Piaget, a criança não faz distinção entre mentira, actividade lúdica e fantasia antes dos 6 anos. Até essa idade, não é possível definir as fronteiras entre a fantasia e a realidade, entre o desejo e o factual, entre o eu e o não-eu. Deste modo, é possível inventar histórias com muita imaginação e animação.
Depois dos 6 anos, a fase das invenções começa a diminuir, embora ainda brinquem com a realidade e criem situações que gostariam de viver. Após os 7-8 anos, a mentira torna-se intencional.
Nesta altura já têm noção dos valores morais e sociais, sabem diferenciar as verdades das mentiras, e quando o fazem é porque querem fugir às suas responsabilidades, têm medo de serem castigados, para melhorar a sua auto-estima ou ainda para conquistar o carinho dos pais ou chamar a atenção. Devem os pais combater as mentiras deliberadas da criança para se livrar da sua responsabilidade ou levar outro tipo de vantagem. Se tem dúvidas em relação ao relato, peça para contar a história umas horas depois, esteja atento a estes sinais e “desmonte” a história contada, filtre a verdade e isso pressupõe calma, tempo e habilidade para falar com a criança.
Muitas vezes, as crianças mentem quando, por exemplo, afirmam que são inocentes perante o quebrar de determinado objecto, ou quando declaram que estão muito doentes e não podem ir à escola, ou que ainda não comeram para comerem mais guloseimas, ou quando inventam histórias, espalham mentiras e afirmam que tudo não passa da mais pura verdade... tudo isto se ultrapassa quando lhes sugere que a “história” poderá ser outra, ou quando afinal não passa tudo de uma brincadeira. A “mentira tem perna curta”, noção que as crianças rapidamente se dão conta.
Dizer a verdade corresponde a uma aprendizagem progressiva. Dizer a verdade será para a criança satisfazer aos seus pais, as exigências sociais e até mesmo, a sua própria auto-estima. O problema é quando mentir se torna um hábito; nestes casos, os pais devem preocupar-se quando o seu filho tiver o objectivo claro de fugir sistematicamente à realidade e não enfrentar determinadas situações. Nessa altura, deverão recorrer a apoio psicológico.

Mas afinal porque mentem as crianças?
O que elas querem esconder? Ou ainda, qual a imagem que elas querem dar?No plano clínico, é habitual distinguir na criança três tipos de mentira: a mentira utilitária, a mentira de compensação e a mitomania.

- a mentira utilitária corresponde à mentira do adulto: mentir para daí retirar uma vantagem ou para evitar um desagrado. Os pais têm um papel fundamental; se são muito rigorosos e moralizantes, podem provocar o seu agravamento numa conduta ainda mais mentirosa, ou seja, uma segunda mentira para explicar a primeira. Deve-se, sim, chamar à atenção e explicar com calma as consequências negativas da mentira, com exemplos práticos, como a mentira pode prejudicar alguém. Castigar a criança duramente por ter mentido não resolve a situação, nem evita que a situação se repita. Tente perceber o que levou a criança a mentir; por exemplo, se a mentira está relacionada com os assuntos escolares, provavelmente ela está angustiada com alguma coisa em relação à escola. Veja o que de facto a preocupa. A atitude da criança perante a mentira depende muito do comportamento do adulto, em particular, dos pais. Estes devem ajudar a reconstruir os factos e contribuir para acentuar o sentido de responsabilidade. Muito frequentemente, os pais mentem aos filhos e desvalorizam a sua palavra, encobrem a mentira dos outros e os filhos tendem a imitar esse mesmo comportamento.

- a mentira de compensação traduz-se não na busca de um benefício concreto, mas na procura de uma imagem que a criança vê como inacessível ou perdida. Por exemplo: inventa para si uma família mais rica, mais nobre ou mais importante, ou atribui para si façanhas escolares, desportivas, guerreiras, amorosas... A fantasia é normal e banal na tenra infância e ocupa um lugar razoável no imaginário da criança. No “romance familiar” a criança constrói para si toda uma família e dialoga com os seus diversos membros. Por vezes inventa um “duplo”, que pode ser irmão, irmã ou um amigo, com o qual confidencia a sua vida e com quem brinca. Até aos 6 anos tudo isto é normal, pois inscrevem-se no espaço do sonho transicional que permite à criança a elaboração da sua identidade. A sua persistência a partir dessa idade já se torna preocupante e é sinal de patologia.

- A mitomania é a tendência patológica mais ou menos voluntária e consciente da mentira e criação de fábulas imaginárias, ou seja, a mentira compulsiva. Acontece quando a criança transforma a mentira em verdade e passa a viver num mundo irreal, o que já é patológico. De acordo com Dupré, a mitomania é descrita como vaidosa, maligna e perversa. A criança mitomaníaca, que tem uma tendência doentia para mentir, está habitualmente relacionada quer com fortes carências afectivas, quer também ao nível da identidade (pai e/ou mãe desconhecido(a) ou ainda conhecido por alguns membros da família, mas mantido em segredo).
O tratamento da mitomania deverá ser feito por especialistas, cujo objectivo é fazer a separação entre o mundo de verdade e o reino da imaginação, algo difícil de compreender para a criança que desenvolveu esta patologia.

Muito próximo da mitomania, encontra-se o delírio de devaneio, que caracteriza as crianças que vivem permanentemente num mundo de fantasia e de sonhos com temática megalómana. Estas crianças desenvolvem um “falso eu”. É necessário apoio psicológico para saber qual o motivo que as leva a fugirem da sua própria realidade.
A criança ou jovem que persiste na mentira transforma-se num adulto inseguro e doente.

O Adulto – Os Adultos Também Mentem?

Como já foi dito anteriormente, o adulto também faz uso da mentira utilitária, quer em situações profissionais, quer sociais quer ainda familiares. Os adultos têm plena consciência dos seus actos, mas persistem em manter a mentira para benefício da sua imagem pública, para seduzir, para obter algum benefício ou até mesmo para evitar um sentimento de vergonha. Há que parar e pensar o que querem da sua própria vida, para onde os leva o caminho que estão a seguir, e se, de facto, é isso que querem. Quando não forem capazes de equacionar a questão e não conseguirem parar com este mundo de mentiras, procurem ajuda profissional.
Nem sempre a mentira é instrumento de má-fé. A cordialidade por vezes induz a uma certa dose de mentira, por exemplo, não dizer à anfitriã que o jantar não estava agradável, ou que está menos elegante ou menos bonita. Mas, nestas alturas, é preferível a omissão do que a mentira. Mentir apenas pelo prazer de mentir, isso já se torna doentio e chega-se facilmente à mitomania, o mentir compulsivamente.
O delírio do devaneio das crianças corresponde aos adultos à parafrenia (uma das perturbações psicóticas), termo proposto por Kraepelin para designar perturbação delirante, ou seja, uma doença cuja característica fundamental é a manutenção da clareza e da ordem do pensamento, da vontade e da acção. A maioria dos pacientes pode permanecer normal nos seus papéis; noutros casos, o prejuízo ocupacional pode ser significativo e inclui o isolamento social. Uma das características é a presença de um ou mais delírios organizados, que podem ser tipo megalómano (grandeza), amoroso (erotomania), infidelidade (ciúme) e outros. Este tipo de patologia requer um acompanhamento profissional.
S&L
Texto de Isabel Lacerda
Psicóloga

segunda-feira, abril 07, 2008

Violência Psicológica


65% dos homens têm comportamentos de abuso verbal ou psicológico
com a companheira/esposa


Abuso psicológico

O abuso psicológico é um padrão de comunicação, verbal ou não, com a intenção de causar sofrimento psicológico em outra pessoa, segundo Straus, (1992), citados por Carla Paiva e Bárbara Figueiredo. Esses pesquisadores encontram valores elevados de prevalência de abuso psicológico em amostra de 5232 casais norte-americanos. Nesta forma de abuso houve semelhança entre homens (26%) e mulheres (25%).

Muitas vezes o abuso psicológico é a única forma de abuso entre o casal, talvez por se tratar de uma atitude menos detectada como politicamente incorreta. Em amostra de 1152 mulheres com idades entre 18 e 65 anos, observam que 53,6% relatam alguma forma de abuso (físico, sexual ou psicológico) perpetrado pelo companheiro, sendo que 13,6% reportam especificamente abuso psicológico na ausência dos outros tipos de abuso (Coker, 2000).

O abuso psicológico é, às vezes, tão ou mais prejudicial que o abuso físico, e se caracteriza por rejeição, depreciação, discriminação, humilhação, desrespeito e punições exageradas. Não é um abuso perpetrado predominantemente pelos homens, como é o caso do abuso físico. Ele existe em iguais proporções em homens e mulheres. Trata-se de uma agressão que não deixa marcas corporais visíveis, mas emocionalmente causa cicatrizes indeléveis para toda a vida (veja Violência Doméstica).

Um tipo comum de abuso psicológico é a que se dá sob a autoria dos comportamentos histéricos, cujo objetivo é mobilizar emocionalmente o outro para satisfazer a necessidade de atenção, carinho e adulação. A intenção do(a) agressor(a) histérico(a) é mobilizar o outro(a) tendo como chamariz alguma doença, alguma dor, algum problema de saúde, enfim, algum estado que exige atenção, cuidado, compreensão e tolerância.

Outra forma de abuso psicológico é fazer o outro se sentir inferior, dependente, culpado ou omisso é um dos tipos de agressão emocional dissimulada mais terríveis. A mais virulenta atitude com esse objetivo é quando o agressor faz tudo corretamente, impecavelmente certinho, não com o propósito de ensinar, mas para mostrar ao outro o tamanho de sua incompetência.

Stets (1990), citado por Carla Paiva e Bárbara Figueiredo, em uma ampla investigação com a população americana, verifica que 65% dos homens têm comportamentos de abuso verbal ou psicológico com a companheira.

Agressões Psicológicas são aquelas que, independentemente do contacto físico, ferem moralmente. A Agressão Psicológica, como nas agressões em geral, depende do agente agressor e do agente agredido. Quando não há intencionalidade agressiva e o agente agredido se sente agredido, independentemente da vontade do agressor, a situação reflete uma sensibilidade exagerada de quem se sente agredido.

Havendo intencionalidade do agressor, o mal estar emocional produzido por sua atitude independe da eventual sensibilidade aumentada do agente agredido e outras pessoas submetidas aos mesmos estímulos, se sentiriam agredidas também.

A Agressão Psicológica é especialidade do meio familiar, e muito possivelmente, dos demais relacionamentos íntimos, chegando-se ao requinte de agredir intencionalmente com um falso aspecto de estar fazendo o bem ou de não saber que está agredindo. O simples silêncio pode ser uma agressão violentíssima. Isso ocorre quando algum comentário, uma posição ou opinião é avidamente esperado e a pessoa, por sua vez, se fecha num silêncio sepulcral, dando a impressão politicamente correta de que “não fiz nada, estava caladinho em meu canto...”. Dependendo das circunstâncias e do tom como as coisas são ditas, até um simples “acho que você precisa voltar ao seu psiquiatra” é ofensivo ao extremo, assim como um conselho falsamente fraterno, do tipo “não fique nervoso e não se descontrole”.

Não é o freqüente, no relacionamento íntimo, a agressão sem intencionalidade de agredir, ou seja, a agressão que é sentida pelo agente agredido, independentemente da vontade do agressor. Normalmente, pelo fato da família ser um grupo onde seus membros têm pleno conhecimento da sensibilidade dos demais, mesmo que a situação de agressão refletisse uma sensibilidade exagerada de quem se sente agredido, o agressor não-intencional deveria ter plena noção das conseqüências de seus atos. Portanto, argumentar que “não sabia que você era tão sensível” é uma justificativa hipócrita.

As atitudes agressivas refletem a necessidade de uma pessoa produzir alguma reação negativa em outra, despertar alguma emoção desagradável. As razões dessa necessidade são variadíssimas e dependem muito da dinâmica própria de cada família. Podem refletir sentimentos de mágoa e frustrações antigas ou atuais, podem refletir a necessidade de solidariedade emocional não correspondida (estou mal logo, todos devem ficar mal), podem representar a necessidade de sentir-se importante na proporção em que é capaz de mobilizar emoções no outro.... enfim, cada caso é um caso.

CAUSAS

De acordo com Armando Correa de Siqueira Neto), colaborador de PsiqWeb, nas relações humanas, sobretudo na vida conjugal, observam-se comportamentos variados. Inicialmente, se evidencia o poder do envolvimento e o êxtase exercido pela atração das partes que se conhecem. Escolhemos os nossos pares pelo comportamento aparente. E, aquilo que queremos para nós, depositamos nesse outro. Durante o período de namoro não nos permitimos ver, realmente, quem ele é. Com a chegada da rotina no relacionamento torna-se possível conhecer a pessoa como ela é de verdade. Então, começam a surgir os problemas, haja vista o fato de iniciar-se uma intolerância com relação aos defeitos do outro.

- Abuso nos Relacionamentos Íntimos - in. PsiqWeb, Internet, disponível em http://www.psiqweb.med.br/, 2007

quinta-feira, março 27, 2008

Amar... amar sempre!

Imagem dum trabalho da anA


Não deixem de ler o artigo todo, se não tiverem tempo agora, voltem logo.

Saber amar as crianças vai torná-las adultos emocionalmente saudáveis.

Tornarmo-nos seres humanos é poder em cada momento da nossa vida fazer pelo outro, seja ele quem for, aquilo que gostariamos que nos fizessem a nós .

Quando uma criança já no útero da mãe recebe estímulos emocionais de rejeição seja porque o casal não queria aquela gravidez por n razões, seja porque ela mesma, a mãe sentiu-se rejeitada pelo companheiro afetivo ou sentiu a rejeição dele pela conseqüência do ato que deveria ter sido amoroso entre os dois, fatalmente experienciará a sensação de ter sido abandonada pelo mundo espiritual.
Desta forma ao vir ao mundo, a criança já traz em seu inconsciente a marca de um trauma. Isto por si só pode desencadear na criança sentimentos de abandono e rejeição pelo pai, sensação de abandono nos relacionamentos que vier a experimentar, criando uma frieza e distanciamento em relação aos outros, sensação de não ser amado e não poder amar, dificuldade de estabelecer contato com o outro o que leva a pessoa a sentir-se isolada e abandonada, incapacidade de nutrir e de se sentir nutrido por falta da ligação nutridora com a mãe ou com o pai ou, na pior das situações, com ambos.

Agora o artigo na totalidade
O que todo adulto deveria saber

A crescente preocupação com a saúde emocional da criança é plenamente justificada, pois o custo pago pela sociedade pelo tratamento e cuidados com os que sofrem com os descuidos emocionais é imenso, ao longo da vida de um cidadão. Hoje já é perfeitamente aceito que a saúde, ao longo de toda a vida do indivíduo, está correlacionada à qualidade dos cuidados emocionais básicos que se recebe desde a mais tenra idade e mesmo desde o período vivenciado dentro do útero da mãe. Até a qualidade de aceitação da gravidez influencia na vida emocional da criança e posteriormente no adulto.

A capacitação para se adquirir a maturidade emocional tem raízes bem no princípio de nossas vidas. E se a personalidade adulta é fortemente influenciada pelas mais tenras experiências, todo cuidado que tenhamos com a vida emocional da criança estará atuando preventivamente na boa adaptação e capacitação do adulto para a vida plena e saudável.

Embora isto ainda seja pouco reconhecido pelos profissionais do campo de saúde, excluindo aqueles que lidam com a saúde mental e alguns poucos outros, ainda há muito pouco empenho para formação adequada daqueles que são os principais responsáveis pelo desenvolvimento da personalidade das crianças, dessas pequeninas criaturas que virão a constituir e participar ativamente do futuro de uma sociedade, cidade, estado, país e planeta, enfim participar com sua cota única e expressão individualizada para o que chamamos de humanidade.

A esses responsáveis – pais, educadores e administradores públicos está delegada a responsabilidade da criação de um mundo mais humano, pois são eles os responsáveis pela capacitação de preparar a criança num adulto emocionalmente maduro e, portanto preparado para uma vida adulta plena e saudável.

Nenhuma educação e formação atingirão esta meta se não envidarmos esforços para a preservação física, emocional, mental e espiritual da criança ajudando-a a se tornar aquele ser que ela já é em sua essência. É desta preservação que se obterá seres amorosos para consigo mesmos e para com os outros e, portanto seres que se auto-estimam e conseqüentemente capacitados a reconhecer o valor do outro.

A criança apenas precisa desse respaldo familiar, grupal, social para que possa desabrochar plenamente a sua “flor única”, que é no fundo sua contribuição no contexto em que vive ou no contexto no qual ela se estabelecerá, dependendo de suas escolhas pessoais. Onde quer que ela esteja, se tiver bases emocionais, mentais e espirituais bem estabelecidas e de acordo com a sua natureza interna, estará derramando no ambiente com quem ou com que se relacionar, os seus dons únicos de acordo com seus princípios e ideais mais elevados. E, portanto colaborando para com o surgimento e estabelecimento de uma sociedade mais humana.

Tornar-se humano significa poder em cada momento da sua vida fazer pelo outro, seja ele quem for, aquilo que gostaria que fizessem para com ele mesmo.

O que nos choca é a pouca importância que se dá a serviços para prevenir e harmonizar os problemas de saúde emocional, mental, espiritual da criança. Um esforço razoável tem sido destinado a diagnosticar os problemas, porém muito pouco empenho tem sido envidado para solucioná-los, ou seja, atuar construtivamente no âmbito em que eles são criados e originados.
Muito pode ser feito mesmo antes de se encaminhar uma criança para a psicoterapia intensiva devido a seu comportamento destoar em relação a outras crianças. O fato de se encaminhar uma criança para a psicoterapia por si só já a estigmatiza. Jamais cansarei de escrever e dizer que a “criança não é o problema” mas sim a incapacitação da sociedade - família, educadores e administradores - em assumir suas parcelas de responsabilidade perante o desafio de contribuir para a saúde emocional, mental, espiritual e física da criança. Se a criança receber a nutrição necessária afetiva, emocional, mental, espiritual adequada dos responsáveis que compartilham de sua formação, sem dúvida resultará num adulto perfeitamente preparado para a execução de seu papel social e para seu próprio processo evolutivo de alma. Convido os leitores desse jornal a fazer profunda reflexão do quanto cada um pode colaborar para que a criança, não importa filho de quem seja, receba o cuidado e o respeito de que ela necessita para tornar-se um adulto emocionalmente maduro, capacitado para enfrentar os desafios da vida.

Numa primeira leitura desse tema alertamos para a responsabilidade social dos diversos setores sociais responsáveis pela formação do adulto saudável. Toda criança tem o direito de vir a um mundo acolhedor, afetivo e amoroso e, sobretudo, só deveria ser chamada a este mundo quando pais estivessem plenamente conscientes em querê-la. Nenhuma criança deveria ser gerada em ambientes conturbados pela falta de respeito, e pela falta de maturidade psico-emocional dos pais e muito menos como um álibi para forçar casamentos ou segurar relacionamentos que estão desgastados. Pois a criança que nasce e cresce num ambiente inóspito para seu desenvolvimento estará fadada a arcar com danos emocionais e psíquicos e muitas vezes até físicos que a prejudicarão ao longo de toda a vida, se ela não tiver oportunidade de resgatar a própria essência no desenrolar de sua vida.

Quando a criança se desenvolve em ambientes inóspitos à sua saúde mental e emocional cresce se tornando adolescente e depois adulta fisicamente, porém o desenvolvimento emocional não acompanha na mesma medida, em função do despreparo dos pais, educadores e administradores. Então teremos adultos carentes, com feridas emocionais, às vezes profundas, que passarão a projetar suas necessidades afetivas não preenchidas, seus medos, suas insatisfações, sua sensação de menos valia, suas inseguranças, seus sentimentos de baixa estima, responsabilizando o meio e as pessoas ao redor delas pelo o que sentem. Ou irão desenvolver compensações buscando um preenchimento de suas insatisfações que atuam de forma inconsciente, apenas no plano material da vida, que é a chave mestra utilizada pela mídia para alimentar o consumismo criando a ilusão de que a conquista material é que traz a felicidade.

Na prática psicoterápica é imprescindível o trabalho com a dinâmica familiar para que uma criança possa ter oportunidade de vivenciar a experiência da vida, ganhando amadurecimento, capacitando-se para a autonomia, para encarar as mudanças com tranqüilidade, para se manter motivada à comunicação e interesse pelo aprendizado, para aprender a dar e receber amor, aprendendo a se auto-expressar criativamente, aprendendo a se conectar e reconhecer sentimentos e confiar neles, aprendendo limites seguindo normas estabelecidas e se conectar plenamente com a realidade.

De modo geral apesar dos pais na sua grande maioria serem bem intencionados são também muito mal informados e até mesmo, vítimas inocentes de velhos preconceitos que perduram. Confiam que por estarem razoavelmente saudáveis e felizes, isto seria o bastante para seus filhos esquecendo-se que os tempos são outros e que nada é igual ao passado e que ninguém é igual a ninguém, pois recebemos ao sermos gerados, uma centelha única e que precisamos ser honrados em nossa qualidade de filhos de Deus.

Não há mais espaço diante de tantos dados científicos sobre educação e formação, para uma sociedade responsável virar as costas aos apelos de um necessário reajuste na preservação física, mental, emocional e espiritual de uma criança.
Hoje, há informação técnica e científica suficiente que mostra os prejuízos de atitudes de desamor para com as crianças. É tempo e momento para arregaçarmos as mangas - pais, educadores e administradores!

Quando uma criança já no útero da mãe recebe estímulos emocionais de rejeição seja porque o casal não queria aquela gravidez por n razões, seja porque ela mesma, a mãe sentiu-se rejeitada pelo companheiro afetivo ou sentiu a rejeição dele pela conseqüência do ato que deveria ter sido amoroso entre os dois, fatalmente experienciará a sensação de ter sido abandonada pelo mundo espiritual.
Desta forma ao vir ao mundo, a criança já traz em seu inconsciente a marca de um trauma. Isto por si só pode desencadear na criança sentimentos de abandono e rejeição pelo pai, sensação de abandono nos relacionamentos que vier a experimentar, criando uma frieza e distanciamento em relação aos outros, sensação de não ser amado e não poder amar, dificuldade de estabelecer contato com o outro o que leva a pessoa a sentir-se isolada e abandonada, incapacidade de nutrir e de se sentir nutrido por falta da ligação nutridora com a mãe ou com o pai ou, na pior das situações, com ambos.
Em casos extremos o medo de se sentir rejeitado e abandonado pode ser acompanhado por uma sensação profunda de vergonha, ou ainda sensação de ter sido abandonado por Deus levando-a a experimentar um desespero de alma como se não houvesse luz no fim do túnel ou ainda uma sensação de nunca se sentir em casa, como se não tivesse nenhuma raiz com seu grupo, com o seu lugar. Convido os leitores a refletirem sobre as informações acima e perceberem que podemos sim tornar o mundo melhor, porém somente através da mudança de consciência e conseqüente mudança de atitudes.

Continuamos a explorar esse tema, pois ele é de suma importância para a vida de todos nós e a possibilidade de alcançarmos auto-realização depende sobremaneira de tudo o que foi plantado em nossas mentes e corações na infância.

Muito sofrimento poderia ser evitado às crianças e posteriormente ao adulto, se o adulto se tornasse mais consciente da origem espiritual dos seres. Somos seres espirituais encarnados num corpo físico. Portanto a relação sexual deveria ser considerada um ato sagrado, pois é através dela que a alma de uma nova criatura é ancorada no plano terrestre. E muitos são os exemplos de situações em que crianças são vítimas da rejeição ao serem ancoradas na Terra: filhos de mães solteiras e de pais irresponsáveis; filhos de famílias numerosas cujas mães não têm a colaboração do marido para o necessário controle do ato sexual que assegure a não gravidez; crianças geradas à revelia de um dos parceiros, crianças geradas sob a expectativa de sexo oposto ao que ela é; criança gerada de forma inconsciente quando não desejada profundamente pelo casal etc. A humanidade precisa evoluir em consciência e perceber que somos diferentes de animais que não possuem ainda o poder de escolha sobre suas próprias vidas. FILHO É ESCOLHA CONSCIENTE.
A criança que traz registrado em seu corpo emocional o sentimento de rejeição pode desenvolver atitudes defensivas de cinismo e de desconfiança nas relações, podendo permanecer em relacionamentos abusivos ou ter dificuldade de se libertar deles e desenvolver dependência emocional mesmo vivenciando desprezo de seu parceiro e ou ainda desenvolver atitudes de extrema carência afetiva ou de pena de si mesmo. Todos nós reconhecemos facilmente todos esses comportamentos humanos deploráveis.

Pode também, defensivamente, apresentar atitude de frieza e distância emocional ou desenvolver “falsa persona” para se sentir aceito pelos outros ou ter dificuldade em iniciar e sustentar amizades ou desenvolver autocensura que limita a própria criatividade e expressividade. Pode trazer em si a sensação de não ser amado e desenvolver ciúme ou inveja das pessoas que parecem ter mais amor, sendo todas essas formas de expressão a evidencia da desconexão do senso da própria dignidade essencial.

Claro que cada comportamento acima vai ser expresso de forma única pelo ser porque cada um de nós traz em si sua maneira única de sentir e de lidar com os desafios emocionais utilizando seus próprios recursos internos. É claro que algumas dessas crianças conseguem, aparentemente, maior adaptação que outras porque mesmo expressando muitos aspectos desarmônicos com a própria natureza, são ainda apoiados e valorizados pelo meio social e cultural. O sentimento internalizado de rejeição é um dos maiores danos feito à alma que se ancora no plano terrestre. Mas, existem muitas outras formas de estarmos causando danos às gerações futuras e se quisermos construir um mundo melhor, verdadeiramente humano, temos que nos conscientizar de nosso atos.

Todas as formas de defesa que o ser adulto expressa são, sem dúvida, estabelecidas durante a fase de sua infância e assim dizemos que temos adultos manifestando facetas de suas crianças feridas. Onde há ferimento há dificuldade de amadurecimento psicoemocional! Muito facilmente identificamos comportamentos que evidenciam as defesas e infelizmente é muito alto o número de pessoas que justificam seus comportamentos imaturos e ao invés de reconhecê-los, nega-os. A negação é uma atitude de defesa. Negar não colabora para o amadurecimento psicoemocional. O crescimento psicoemocional só pode acontecer quando podemos reconhecer nossos erros e corrigi-los através de mudança de atitudes.

No próximo capitulo deste assunto faremos uma listagem elucidativa de exemplos de comportamentos e ou atitudes para que você possa reconhecer aspectos feridos da sua criança interna e que estão se manifestando na sua vida adulta.
Vamos concluir esse tema objetivando uma auto-reflexão:

Como podemos reconhecer a criança ferida dentro de nós?

Observando-nos com olhos amorosos porém objetivos, pois todos nós fomos feridos de alguma maneira e reconheceremos o ferimento quando nos identificamos com alguma(s) das seguintes atitudes:

- Rejeitamos assumir o papel materno/paterno na constelação familiar.
- Rejeitamos assumir as qualidades femininas/masculinas.
- Experimentamos falta de confiança no mundo em que vivemos.
- Evitamos lidar com situações que nos tocam emocionalmente, tendo atitudes de escapismos, emburramento, exaltação excessiva, gritaria, chantagem emocional, etc.
- Desenvolvemos atitudes de crítica e de julgamento para com o outro.
- Regredimos emocionalmente a estágios infantis (birra, vingança).
- Colocamo-nos como vítimas das situações.
- Exageramos e dramatizamos a experiência emocional.
- Necessitamos servir ao outro (pais, figuras de autoridade) em detrimento de si próprio.
- Reprimimos os aspectos saudáveis da criança interior como a espontaneidade e alegria.
- Negligenciamos as nossas necessidades emocionais interiores.
- Não confiamos em nossa própria voz interna não tendo convicção por nós mesmos.
- Temos medo de perder o controle sobre os sentimentos profundos e traumáticos.
- Sentimo-nos carentes e incapacitados de lidar com as emoções.
- Sentimo-nos desajeitados, sem graça, sem beleza interna.
- Tendemos a ser herói familiar arcando com responsabilidades que não são nossas.
- Temos tendência de nos sentir sempre rejeitados e indesejados.
- Apegamo-nos a nossa identidade infantil como forma de agradar para se sentir amado.
- Não somos capazes de expressar as emoções profundas.
- Não estabelecemos identidade própria, independente da estrutura familiar.
- Suprimimos nossos dons e qualidades criativas.
- Vivenciamos expectativa de fracasso, negatividade e de autocensura.
- Temos más relações com as figuras paternas e /ou com figuras de autoridade.
- Temos uma dependência excessiva para com a mãe ou a constelação familiar
- Vivenciamos sentimentos de culpa em relação à constelação familiar.
- Sentimos que não habitamos o corpo físico plenamente, que o lugar onde nos encontramos não é o nosso lugar (sentimento de sermos alienígenas).
- Temos tendência a nos desculpar em todo momento.
- Nos sentimos incapazes de assumir responsabilidade para com a nossa cura.
- Desenvolvemos atitudes de co-dependência emocional.
- Guardamos mágoas e ressentimentos e não choramos nossas dores.
- Levamos a vida com muita seriedade, sem leveza no coração, sem alegria.
- Vivenciamos medo do desconhecido e de pesadelos.
- Endurecemos nossos corações pelas experiências amargas vividas.
- Desenvolvemos a intolerância, a inflexibilidade e a inadaptabilidade.
- Cultivamos profundo pesar por traumas ocorridos em nossas estórias de vida.
- Responsabilizamos o outro pelos nossos próprios sentimentos.
- Desenvolvemos a capacidade de manipulação do outro em benefício próprio.
- Nos sentimos incapazes de perceber com clareza nossos próprios valores.


Maria Cecília ParoCRP 06/30040-1 .... mais aqui

sábado, março 22, 2008

Personalidade Borderline e as Origens na Infância

"Eu não sabia que havia gente assim"

"Os estudos feitos em pacientes com transtorno de personalidade borderline, quanto às ocorrências na infância enfocaram basicamente a privação da criança, da presença dos pais (principalmente a mãe), assim como problemas familiares intensos. Esses estudos foram inconclusivos. Nos últimos anos passou-se a investigar a relação entre abuso sexual na infância e a personalidade borderline. Nesse caso os estudos encontraram taxas que variavam de 10 a 73% dos pacientes borderline com passado de abuso sexual por parte dos pais ou de quem tomava conta deles.
...........
Talvez tenha faltado uma investigação um pouco mais ampla: afinal quem abusa sexualmente de uma criança tem a personalidade equilibrada ? Será que essas crianças desenvolveram uma personalidade desviada por herança genética ou influência familiar/ambiental ? O abuso sexual compromete a personalidade como um todo ?
...............
Resultados da pesquisa:
Outras formas de abuso da criança foram encontradas com maior freqüência do que o abuso sexual isoladamente. 91 e 92% dos pacientes sofreram alguma forma de abuso e abandono respectivamente, e 60% sofreram abuso sexual na infância. 75% dos pacientes passaram por experiências como humilhação, frustração, mensagens ambíguas, serem postos em situações de solução impossível; consideradas como abuso emocional.
Outras situações apontadas pelos pacientes foi a responsabilização enquanto crianças de outros membros da família, sentimento de desamparo quanto àqueles que deviam cuidar deles e inconsistência no relacionamento.
Conclusão:
O abuso sexual não é uma condição necessária nem suficiente para o desenvolvimento de uma personalidade borderline. Este estudo não foi capaz de definir novas causas para este transtorno psiquiátrico, mas complementou seu conhecimento. Provavelmente a personalidade borderline é multicausal, e vários outros tipos de estudo ainda devem ser feitos."
Veja tudo na Fonte

sexta-feira, fevereiro 29, 2008

Os mal amados

Eu não sabia que havia gente assim

Alexitimia - a dor dos mal amados

Parece bonito, a palavra soa bem.

Sentei-me e reflecti: “Será que tantos nomes, tantas teorias, conseguem mesmo explicar o que sente um alexitímico?”

Coimbra de Matos (1999), corrobora com a proposta de McDougall (1982) de designar estes indivíduos de normopatas . É assim que lhe podemos chamar, o mais normal que existe, pelo menos para quem está de fora, quem vê este indivíduo com uma máscara de bom aluno, boa pessoa, boas notas, sangue frio, detestando qualquer tipo de conflito ou discussão. Aliás... tenta evita-los, foge deles...

Detesta ditados populares mais violentos: “Olho por olho, dente por dente”; “a vingança é um prato que se come frio”. O alexitímico sente-os interiormente, mas não os manifesta.

Vive.
Continua a ser o indivíduo certo; a criança bem comportada, bom aluno, boas notas, não chega atrasado ao emprego, tem o emprego que sempre sonhou, pode até ser o empregado do ano.

Paralelamente é narcísico. Parecia-nos impossível. Mas trata-se de um narcisismo primário, não se fusionou com a mãe, desta forma projecta-se nele próprio porque não teve a sua própria identidade... a mãe, em criança. Então a projecção que nunca existiu, passa a ser inconsciente para ele, onde constrói uma mascara que ele criou e que quer mostrar.
Ao não se sentir fusionado com a mãe, ela talvez não lhe tenha dado aquele beijinho quando ele fez um “dói-dói”, mas pura e simplesmente tratou-o com um desinfectante e colocou-lhe um penso rápido. E lá ficou a criança, a olhar para o seu “dói-dói”, com a mesma dor que foi contar à mãe.

Fala com um tom monocórdico.
Descreve o seu dia como uma série de acontecimentos que são descritos por si como uma cadeia de acontecimentos, ditos em pormenor, mas sem actuação, mágoa, alegria, tristeza...
São apenas acontecimentos onde não há lugar ao sentimento, à expressão diferenciada, à alegria ou à tristeza.
Esses sentimentos estão presentes, mas no seu interior, sofre... pode até gritar, mas o grito é inaudível aos nossos ouvidos.

Sofre.
Mas não manifesta, pelo menos por palavras... o seu corpo é o espelho dos seus sentimentos...

Não podemos dizer que os alexitímicos não foram amados, foram sim amados erroneamente...
SÃO OS MAL AMADOS.

Publicado em Conversa-na-travessa.blogspot.com
Tangerina

sábado, fevereiro 23, 2008

ALEXITIMIA (continuação)

Eu não sabia que havia gente assim

Características da Alexitimia (continuação)

Os Alexitímicos não podem tomar consciência de suas emoções nem das reacções físicas que estas lhes provocam. Ás vezes confundem-nas: se o estômago se contrai e sentem dor, não podem atribui-lo a uma situação de personalidade emocional. Segundo o médico Mchael Huber, da Universidade de Colónia, na Alemanha, até 40% das pessoas que sofrem dores crónicas mostram características de alexitimia.

Os alexitímicos atribuem o mal-estar a algo que comeram e que ‘’caiu mal’’. Não têm consciência do seu problema e sentem-se normais, apesar de ter bloqueada uma das parcelas mais importantes da sua vida: a emocional. Notam que algo vai mal com seu casamento, trabalho ou amigos, mas não conseguem descobrir o que é.

Nunca se sabe o que pensam ou sentem e as suas exteriorizações são tão mínimas que se reduzem ao imprescindível: a saudação, a despedida, a frase correcta.

Ignoram o que sentem, não sabem como dizê-lo com palavras, não distinguem uma emoção de outra, também não sabem que têm uma carência: a capacidade de reconhecer e expressar emoções.

Transtorno psicológico para alguns especialistas, traço da personalidade para outros, e a consequência de uma aprendizagem deficiente segundo outra corrente de opinião, todos concordam que a alexitimia empobrece a vida, as relações e a saúde.

fonte -http://mulher.terra.com.br/

sexta-feira, fevereiro 22, 2008

Os Alexitímicos

De quem será maior a dor ? 'Dos incapazes de sentir' ou dos que com eles vivem?

Eu não sabia que havia gente assim

Alexitimia –lexis (ausência)+thimos (emoção)

A alexitimia – Perda ou incapacidade de reconhecer sentimentos e emoções, ou elaboração de fantasias. É um termo que se refere a pessoas que têm uma marcante dificuldade para identificar, ou descrever os seus sentimentos.Muitos investigadores têm tentado identificar as características clínicas da alexitimia. Depois das observações iniciais, em 1972 numa conferência em Londres atribui-se como provável uma etiologia biológica e em 1976 em Heidelberg é classificada em conjunto com os transtornos psicossomáticos. Nos anos seguintes, inúmeros estudos clínicos encontraram características alexitimícas, em percentagem variável, em pacientes que sofriam de diferentes distúrbios (abuso de substâncias, transtorno alimentar, depressão típica, personalidade borderline, transtornos somatoformes) mas também em indivíduos normais.A prática clínica, por seu lado, ainda defende ter motivos para considerar que não há, necessariamente, uma ausência de emoções, apesar de, na maioria dos casos, os alexitímicos sofrerem de incapacidade para manifestar as emoções, para descrever os seus próprios sentimentos ou para reconhecer os sentimentos dos outros, para discriminar as suas emoções de sensações físicas, isto é, não conseguem estabelecer uma conexão de causa e efeito.Têm-se vindo a incluir neste constructo algumas características do chamado pensamento operatório. De facto, a capacidade para elaborar representações mentais evolui desde muito precocemente e está ligada intimamente à competência de regulação afectiva. Há, assim, uma relação de dependência do desenvolvimento intelectual (ou inteligência racional) das nossas emoções, da nossa capacidade de as reconhecer, de falar sobre elas e de as controlar, ou seja, da nossa inteligência emocional.Se é verdade que sentimentos fortes nos podem devastar ou toldar o raciocínio, a falta de sentimentos é ainda mais destrutiva, principalmente, em momentos de avaliar e tomar decisões importantes para a nossa vida, para o nosso futuro, decisões duradouras.Nos alexitimícos observa-se uma focalização nos acontecimentos exteriores em detrimento da experiência íntima, o seu modo de pensar e de viver está exclusivamente virado para a realidade externa e, por isso, demonstram uma adaptação excessiva às exigências do meio, com uma hiperactividade artificial e pragmática que os incapacita de simbolizar a representação (o “pensamento operatório”), de fantasiar e os leva a apresentar uma grande pobreza nos investimentos libidinais. Estas pessoas, na maioria das vezes, demonstram boa capacidade de adaptação social e são boas profissionais, mas vivem em permanente estado de tensão, rivalidade e competição e bloqueiam a expressão física deste estado, dessas emoções.As pessoas que possuem um elevado nível de inteligência emocional são capazes de, facilmente, identificar e descrever os seus próprios sentimentos e os dos outros, assim como sabem regular os estados de activação emocional em si e nos outros de forma a usarem as emoções de forma adaptativa.Cada vez são mais os estudos que estabelecem relação entre inteligência emocional e saúde mental e física. O controle emocional já foi implicado como um dos factores que protegem o estado de saúde e, por outro lado, a alexitimia já foi associada a situações de doença e a um aumento da mortalidade de todos os tipos.Nos médicos ainda há muito cepticismo relativamente ao papel das emoções no adoecimento somático, mas a verdade é que se têm estabelecidos relações firmes entre uma coisa e outra.

fonte. http://mulher.terra.com.br

quinta-feira, fevereiro 21, 2008

Não sabia que havia gente assim

Gente má.
Gente que fica satisfeita com o mal dos outros.
Descobri hoje, senti hoje ,senti, senti sem qualquer duvida. A pessoa em quem eu mais confiava revelou-se desleal...traidora...falsa...cínica.
Imaginam como me sinto?
Por agora só consigo escrever isto . Amanhã talvez me sinta melhor.